MESTRE DA BATALHA

Mestre da Batalha

Não tem nada a ver com o assunto, mas essa mulher é maravilhosa demais.


Quando eu era pequena, tinha esse jogo de Super Nintendo que eu gostava, o Battle Master. Na época tínhamos um cartucho desse jogo sem nome, e mesmo com o nome dele enorme estampado na tela inicial, a gente chamava ele de "lutinha". Por conta disso, custamos a encontrá-lo quando o SNES STATION saiu pra PS2. 

Enfim, esse jogo não é assim tão incrível. Pra ser sincera, parece muito uma cópia de Street Fighter. Mas na minha época, não tinha nada melhor que ele. Eu era muito boa, ganhava dos meus pais e do meu primo que vinha jogar comigo. E eu era obcecada por essa deusa em forma de personagem, a Altia.

Eu não tenho ideia do que é a história desse jogo, mas cada vez que você zera com um personagem, tem uma ending pra ele. Dá a entender que o vencedor do torneio (?) realiza o seu desejo, ou algo assim. E pra mim, não tinha ending melhor do que a da minha deusa. E é logo a que faz menos sentido...

Enquanto alguns conseguem se casar, serem ricos, abrir um negócio ou simplesmente voar nas costas do vilão do jogo, a ending da Altia era simplesmente ela socando seus companheiros do exército por vai saber qual motivo, enquanto tocava uma musiquinha maior dramática. Se eu soubesse japonês, talvez entenderia melhor do que se trata isso, mas a minha interpretação infantil vai continuar sendo a minha preferida pra sempre.

Altia é uma militar, que consegue vencer os maiores lutadores do mundo e se libertar. Não sei do quê, nunca pensei nessa parte, mas parece que ela se liberta de alguma coisa.

Eu sempre usei essa mulher de base durante a minha vida. Eu me sentia forte quando usava ela, e isso pra mim sempre foi importante. Ela não me parecia superficial, e sim alguém com ideais. O desejo dela era ser a mais forte, uma mulher livre.

Estou compartilhando isso por que senti hoje esse desejo de ser livre. Eu vivo em um ambiente não agradável por diversas razões, e mesmo sabendo que não são tão graves, sei também que são de alguma forma tóxicas. Me sinto presa em uma rotina, em palavras, em situações... tudo se repete.

Estou cansada.

Eu estou fazendo algo pra mudar isso? Quebrar a rotina, sair dela de vez? Eu não sei. Talvez não. Não é certo reclamar disso quando não se faz nada pra mudar. Se você quer mudar, você muda e pronto. Se esforça pra isso. Mas eu estou me esforçando? 

Quando eu começo a soar confusa, meu amigo, é porque eu estou confusa. E muito.

Amanhã eu faço 24 anos. Hoje ouvi várias coisas desagradáveis sobre mim, que são injustas, mas não completamente erradas. Daí eu lembrei da Altia...

Eu quero vencer e me libertar, como ela. Mas para vencer, eu preciso lutar.

Essa reflexão é bonita, eu admito. Mas é vazia, enquanto eu não bota-la em prática.

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